domingo, 5 de agosto de 2012

Obras-primas de Monet, Van Gogh e outros impressionistas chegam ao Brasil


Centro Cultural Banco do Brasil de SP recebe pinturas do Museu d'Orsay e espera receber até 600 mil visitantes.

A partir deste sábado (dia 4), quem mora em São Paulo não precisará mais ir até a França para ver de perto obras-primas de Monet, Van Gogh e Gauguin. Pinturas destes e de outros mestres estarão expostas no Centro Cultural Banco do Brasil, dentro da exposição "Impressionismo: Paris e a Modernidade". A mostra fica em cartaz na cidade até outubro e depois segue para o Rio de Janeiro.
Todas as 85 pinturas da exposição fazem parte do acervo do Museu d'Orsay, em Paris. O local, que recebeu mais de três milhões de visitantes em 2011, é uma das joias da capital francesa. Instalado numa antiga estação ferroviária, é conhecido como "o museu dos impressionistas", porque sua coleção tem algumas das principais obras do gênero artístico.
"Nosso desejo era trazer a alma do Museu d'Orsay ao Brasil", explica Caroline Mathieu, curadora-chefe do museu francês. Essa alma, no caso, é representada por obras de artistas consagrados como Claude Monet, Paul Gauguin, Edgar Degas, Paul Cézanne e Vincent Van Gogh, entre outros. Sem contar a estrela da mostra, a tela "Le Fifre" ("O Tocador de Pífano"), de Édouard Manet.
"Digamos que insistimos um pouquinho para trazer esta pintura específica", conta Marcos Mantoan, diretor do CCBB paulista. A ideia de fazer a exposição no Brasil, no entanto, veio da França. "Começamos a conversar com o Guy Cogeval (presidente do Museu d'Orsay) em fevereiro de 2011. Em novembro, veio a proposta de expor em São Paulo e no Rio de Janeiro."
A rapidez (negociações para mostras desse porte costumam durar pelo menos dois anos) é justificada pelo interesse dos franceses em expor no país. "A imagem do Brasil é cada vez mais forte na Europa. Por isso, para nós é importante expor aqui", diz Cogeval. "Além disso, o Museu d'Orsay tem laços fortes com seu país. Nosso restaurante foi projetado por dois brasileiros, os irmãos Campana."
A expectativa é a de que a mostra atraia cerca de 600 mil pessoas nos dois meses que estará em cartaz em São Paulo. "Nosso objetivo não é bater recordes de público, mas sabemos que esta exposição tem potencial para alcançar o mesmo público do Escher", afirma Montoan, referindo-se à mostra do artista holandês M.C. Escher, uma das mais vistas do planeta em 2011.
Para atender à demanda, o CCBB paulista terá um horário especial de funcionamento neste final de semana. O local ficará aberto ininterruptamente das 15h de sábado (4) àss 22h do domingo (5). O evento foi batizado de Virada Impressionista. "Se der certo, podemos fazer mais dois ou três até o final da mostra", adianta Mantoan.
"Impressionismo: Paris e a Modernidade" está dividida em sete blocos. Três deles ("Paris é uma Festa", "A Vida Urbana e Seus Atores" e "Paris: A Cidade Moderna") enfocam a metrópole na virada do século 19 para o século 20. Os outros quatro ("Fugir da Cidade", "Convite à Viagem", "Na Bretanha" e "A Vida Silenciosa") tratam da vida calma no campo.
Apesar do nome, nem todas as pinturas são impressionistas. "Artistas como Gauguin eram contrários ao impressionismo. Ele não se preocupava em retratar o que via e usava as cores de modo arbitrário, simbólico", diz Caroline Mathieu. Bem diferente, por exemplo, de Monet e sua obsessão por captar as mínimas alterações da luz em uma paisagem.
Impressionismo: Paris e a Modernidade 
Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112, Centro
De 4 de agosto a 7 de outubro
Das 7h às 10h (visitas agendadas)
Das 10h às 22h (público em geral)
Entrada gratuita
Informações: 11-3113-3651 / 3113-3652

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